O projeto “Mulheres Operadoras de Máquinas Pesadas” alcança sua segunda edição e, desta vez, foca na interiorização da iniciativa, em Passo Fundo. O curso, que visa capacitar mulheres para atuar em um mercado tradicionalmente masculino, teve 87 inscritas de diversas cidades do interior, das quais 21 foram selecionadas.
Aprovado novamente no Programa de Apoio a Projetos Sindicais (Prosind) 2025 da FIERGS, após a primeira edição em 2024, o projeto reforça seu impacto social ao levar a formação para mais longe da capital.
O curso, que iniciou nesta segunda-feira (13/10/2025) e se estende até 17 de outubro, mantém o formato de 40 horas, combinando aulas teóricas presenciais (20h) e conteúdo online com prática intensiva (20h) nos equipamentos. A grade curricular abrange temas essenciais para a atuação profissional e a valorização da mulher no mercado: empreendedorismo, segurança e meio ambiente do trabalho, geotecnia e topografia, diversidade e geração de renda.
A iniciativa conta com o patrocínio da FIERGS e a parceria estratégica da SLC Máquinas John Deere, que cedeu sua sede em Passo Fundo. A estrutura disponibilizada é completa, incluindo quatro retroescavadeiras da SLC/John Deere e um rolo compressor cedido pelo RGS Engenharia, garantindo a prática intensiva das alunas. Além do espaço e maquinário, a SLC também custeia a alimentação das alunas e equipes.
O corpo docente é composto por profissionais renomados do setor: Diana Azambuja, engenheira civil e mestre em Geotecnia, com 22 anos de experiência na construção pesada. Michelle Clos, assistente social com vasta experiência em projetos sociais, responsável pelo monitoramento social do projeto por seis meses e pela plataforma de estudos online , com acesso por um ano.
Ao final da capacitação, as 20 alunas em curso receberão uma certificação reconhecida pelo mercado, emitida pelas empresas Senescentis e Di Azambuja, com assinatura conjunta do Sicepot-RS.
O projeto tem como meta a inserção das egressas no mercado de trabalho, atuando ativamente na confecção de currículos e no encaminhamento das novas operadoras. Com a interiorização, a segunda edição do curso não apenas forma profissionais, mas também impulsiona a diversidade e a qualificação feminina em regiões com grande demanda por mão de obra especializada.