Pesquisar
Close this search box.

Curso de engenharia da UFRGS estimula alunos a assumirem o protagonismo de suas carreiras

Em um mundo em rápida mudança com novos insights, a graduação em Engenharia também se atualiza, deixando no passado a formação estritamente técnica como era conhecida até então.  Hoje, os cursos de Engenharia discutem não somente a maior responsabilidade que os alunos têm pelo seu próprio processo de educação e aprendizagem, mas também a importância das competências profissionais e sócioemocionais e a integração da transformação digital e da engenharia responsável nos currículos, segundo a professora Carla ten Caten, diretora da Escola de Engenharia, a maior unidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Carla, a segunda mulher a dirigir a Escola de Engenharia em 125 anos de existência, acrescenta que a modernização do ensino de engenharia levou a unidade a readequar os currículos com novos métodos de ensino e avaliação por competências, incentivando os alunos ao protagonismo de suas carreiras.
“Isso ajuda muito na retenção do conhecimento porque se sabe que se o aluno é passivo no processo de ensino, a informação tende a ser esquecida rapidamente. Com as novas práticas pedagógicas, este participa do aprendizado, e isso se dá por meio de trabalho em equipe multidisciplinares e desenvolvimento de projetos integradores de competências, muito similar à prática profissional do engenheiro”, diz a diretora.

Microcertificações


Segundo Carla, a ideia dessas transformações no curso de engenharia é de que a experiência de aprendizagem seja mais prazerosa e desafiadora. E que também desenvolva competências como criatividade, liderança, gestão de projetos, trabalho em equipes multidisciplinares, comunicação, automotivação e senso de propósito para impactar positivamente a sociedade.

Entre as inovações no ensino da Engenharia, alguns cursos  adotaram  microcertificações por competências de aprendizado-que por serem reconhecimentos de competências ainda ao longo do curso, podem contribuir para reduzir os índices de evasão que são estimados em 30%. Entre as razões para que muitos alunos não se formarem em 5 anos, a professora aponta a realização de estágios que fazem parte do currículo, mas que para muitos alunos também representam uma complementação de renda para a família.

Disciplinas integradoras

Outra novidade são as disciplinas integradoras em diferentes áreas de conhecimento que desenvolvem projetos de maior nível de complexidade, por meio dos quais a escola  também atende outra regulamentação do MEC que é a curricularização da extensão, em que todos os alunos dos cursos precisam realizar  10% da carga horária em atividade de extensão, o equivalente a aproximadamente 400 horas por aluno. “Assim atendemos às novas diretrizes curriculares nacionais de modernização do ensino da engenharia e também à necessidade de curricularização de extensão”, diz a diretora.

Ferramentas digitais

Big data, internet das coisas e inteligência artificial (IA) são algumas das ferramentas digitais desenvolvidas pelos alunos nos cursos em sintonia com a indústria 4.0, que passou cada vez mais a utilizar essas soluções em rotinas profissionais. Na relação com a indústria, a Escola também participa por meio de parcerias com empresas que prestam serviços de consultoria em licitações de órgãos de fomento.

Hoje, a  Engenharia da UFRGS conta com 13 cursos e nove de pós-graduação, todos bem avaliados pelo MEC e CAPES que situa a Escola entre as melhores do Brasil. A Engenharia, com seus 5 mil alunos e 2 mil de pós-graduação representa 20% de toda a  universidade.

Infraestrutura
  Com uma infraestrutura formada por 15 prédios, 79 laboratórios de pesquisa, a Escola também possui 2 unidades Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) denominadas LAMEF e SIMob que estão voltadas para a área de inovação industrial.  A Ebrapii é uma organização social criada em 2013 para o fortalecimento de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) voltados para setores industriais por meio de cooperação com instituições de pesquisa tecnológica.